segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Uma migalha de mi'alma


Migalha branca... amarga!...
Como se o amargo fosse ruim,

Como se o branco fosse paz!...


Percorro e deixo pequenos fragmentos;
Leves, o vento se encarrega;
Ao menos deseje segurar -

Feche a palma em concha e absorve!...

Não exijo a ingestão;
Deglutida;
Compreendida!...
Ao menos assimile a migalha que lhe caiba...

Não fere migalhar...
Dói que não sintas falta;
Que não descortine...
O fragmento que deixo!...

E de migalha em migalha deixo pulsares...
Esvanece-se vida...
Fragmenta-se partículas oníricas...
... Partes de um todo inseguro!

2 comentários:

  1. Por vezes falta é vazio, uma página em branco sem escritos, um não ser, um não viver, um não mostrar...apenas um sentir de sentires desconhecidos e variantes de momentos...
    Migalhas de nos são grandes pedaços de vidas e são sentidas e absorvidas por outros que se interessam por nos, mas cada qual pulsa dentro de si o fragmento que lhe cabe...
    A falta passa sempre desapercebida quando a insegurança assume o controle...

    Beijos muitos

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  2. Sidnei:
    Gostei de suas reflexões!...

    A falta pode ser a ausência, não necessariamente a página em branco, 'da vida que não vivemos'... mas em decorrência das inconstâncias, do não sentir-se junto!... então é provável que a insegurança ande junto dela e não a camufle!...

    "Migalhas de nós são grandes pedaços de vida" - Lindo! E concordo!...
    Deixar pegadas... despejar gotas de vida por onde passamos!...

    Obrigada!
    Beijos!

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... Falta a sua pitada!...