sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Nata Serena



Meu poeta eu hoje estou contente, todo mundo de repente ficou lindo... ficou lindo de morrer!... Eu hoje estou me rindo, nem eu mesma sei de quê... Porque eu recebi uma cartinhazinha de você!... (Vinicius de Moraes)


Ária graciosa do leite delicado
Entoa pela noite afável
E o que se bebe é o nãorenovado...

Aquecida bebida a embalar;
Panaceia a vibrar de cordas e abraços,
Uma só batida, um só enlaço...
E as dores... não demoram a naufragar!

Amêndoas doces, perfume do lácteo.
Creme sem gordura, leveza esparsa...
De temas - calor aromático;
De lágrimas - que o beijo nasça!

A poetisa é só menina...
Embalada pela cantiga, batucada;
Pelo creme, pela visão antineblina...
Na roda a flutuar... serena como a nata!

Um comentário:

  1. Concedendo verso de assumir fragilidades e belezas?
    Que outros ventos andam passando por ai?
    Força da vida verdadeirando né?

    Afago

    Raffa

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... Falta a sua pitada!...