terça-feira, 26 de outubro de 2010

Curta o curto XX

Parte I:
Ele disse: - Preencho meu vazio com a fumaça do cigarro!...
Eu digo: -Preencho o meu vazio com excesso de amor!...


Parte II:
Eu disse: - Fumo sentimentos que preenchem-me!...
Ele diz: - Você é a base de todos os planos que temporariamente preencho com fumaça!...

14 comentários:

  1. O amor vicia, cura vícios, é um vício incurável.

    Beijos!

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  2. Cordão de Luz e Memória


    Por essa linha fora, nesse registo
    Em que o olhar se demora
    Existo, na nesga celeste que o horizonte,
    Qual fita azul que ao azul do céu fita
    Distante, no longe da longínqua fonte
    De quem sob a fronte se debita
    Data infinita já desde o imediato agora
    Até à Lua Cheia da humana História?

    Eis, portanto, quem nasceu feminina nas dezenas
    E mulher nas unidades, a que entanto
    Se somados seus ícones na clave das serenas
    Estrelas de oito pétalas ao octívago manto
    Casulo arquitectado do perfeito eremita, poeta, santo
    Capaz de nada como de muito, do pouco como do tanto,
    O rubro rubi que ao aceso das almas amenas
    Acalenta e aninha a palha dourada da luz crua
    O cabelo de Verão das espigas maduras nas searas pequenas
    Ao Outono da noite como um grito da Lua...

    Oito deitado na dezena do ano, do segundo milénio
    O génio do olhar que se alonga secreto até ao infinito
    Mais que um remo que ruma é tão-só o silêncio do grito
    Que calado se agiganta a arder na garganta
    E rebenta na lava que lava e casa com a liberdade
    Ao repetido anseio do esteio outonal da eternidade,
    Num breve instante cujo ponto de vista
    É mais distante quanto adentro alcança – e avista!

    Selo de Arina que a brilhar destina ver
    Da janela do ser a plenitude na profundidade,
    Inventa o silêncio que conflui dizendo o saber
    Esperar, aqui, Foz Inequívoca da Luz Incisa Paz na Alma
    Fulgente à Íris Lavada no Ínclito Pleito da Aurora calma
    A edificar brasão e flor se aninha na lídima cavidade
    Do cálice onde estremece o néctar da vida feita seiva terna
    Que o desejo é apenas outra realidade que se faz eterna.

    Por essa linha imaginada, plana e plena
    Em que os factos dependurados a secar
    Buscam sua foz na voz serena
    Almofada cósmica dos sonhos, como alfazema
    Amadurecendo sob o amanhecido Luar.

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  3. amor..fumaça..sentimentos no ar

    beijos cintilantes

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  4. Oi, Nadine.

    Obrigado pelo carinho. Fico feliz que goste dos meus versinhos.

    Adoro os seus textos também e estou sempre por aqui. Parabéns pelo trabalho.

    Beijo.

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  5. Nadine,

    Entre o amor e a fumaça... eu prefiro o amor!!!


    Beijos
    AL

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  6. Uau! Curti muito esse! ;)

    Beijo.

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  7. Um poema inteligente, hein, muito sagaz. Abraços!

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  8. Uia! Trezentas páginas em pequenos grandes diálogos... Adorei!

    Bjs, querida. E inté!

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  9. A gente vai preenchendo o vazio com o "objeto" que estiver mais próximo. E nada adianta, rs.

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  10. Uhmmm...muito bom... ótimo poema...e tão real...:)

    Beijos!!!

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  11. Belíssimo poema, Nadine!
    Tão real que sinto o cheiro de cigarro...
    Conversa tão verdadeira!
    Adorei, querida.
    Deixo-lhe uma abraço todo trespassado de gratidão pela visita que me fez...

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  12. Gostei muito daqui. Parabéns. O título dessa postagem me lembrou o Hobsbawm... Coisa de historiador.

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  13. Adorei esse diálogo...
    feito de fumaça e amor...

    beijos

    L
    e
    c
    a

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... Falta a sua pitada!...