segunda-feira, 11 de maio de 2009

Alguns pensamentos cotidianos...



... Olho para o piso próximo a pia...
conto quantos cantos tem cada quadrado...

... Não vejo como mania, vício ou vislumbre...

vejo como oportunidade de prestar atenção a pequenos detalhes

... Vejo uma formiga, caminha faceira...
pequena, ligeira...
foge de pés desatentos

... Várias formigas pertubam, protestam...

uma formiga: sem manifestos, panelas em seus devidos lugares

... Ela sai por uma fresta, fico com a indignação de perdê-la...

assim perco meus cálculos, perco minha política, perco minha formiga

... Minha porque no instante que a vi livre, passei a ansiar aquela liberdade...
sentimento humano verde, sentir sem sentido
... Ela partiu carregando minhas partes mais desejosas...

vontade de caminhar nos cantos dos pisos

4 comentários:

  1. A formiga carrega mais que seu próprio peso, poucas coisas podem afugentá-la e, mais que isso... tem a liberdade de ir pelos mil cantos que o "quadrado" pode ter...
    ...É realmente invejável sua postura, sua audácia, sua liberdade espacial!
    Mas como nos diz... "sentimento humano verde"... ainda não nos amadureceu esse "sentir sem sentido"...

    A busca pelos sentidos, pela ordenação - e pela liberdade nos será eternamente verde, buscá-las é nosso caminho, penso...
    Lindo e profundo texto, Nadine!

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  2. Gi:
    Serei repetitiva, mas é incrível como você consegue captar a essência de meus poemas/devaneios...haha...
    E assim vamos... carregando cargas mais pesadas do que nós e buscando algo... além disso... desejo de transcender (agora sim ;) )
    Obrigada! Abraços!

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  3. Eis...
    ...que o luto nada mais é...
    ...que a saudade de uma parte de si, n'outrem.
    Sempre quis ficar na penumbra...
    ...talvez porque não gostasse de bradar assim, tão previsivelmente.
    Os detalhes, estão lá!
    Sabe-se que estão!
    E é ele que se fomenta! Que leva pra si! E que o quer...como ninguém jamais quis! Não de nossa forma!

    Somos meros pontos conscientes no Universo.
    Seja uma consciência rústica como uma formiga e seu instinto...
    ...como uma complexa...
    ...bom seria se qualquer hora escolher entre os dois pudéssemos!
    Governemo-nos!
    (Pelo menos o sentir!)
    Beijos princesa!

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  4. É... nada a dizer...
    Só contemplar poesia que me cerca e que não é minha!
    Abraços.

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... Falta a sua pitada!...