sábado, 26 de fevereiro de 2011

Indigente da Gentil Índia

(Foto por Flaviele Leite)



Um corpo mola-encolhida,
Restos de canjica
- Amanhecida como os olhos
- Amarelecidas como os lábios...

O indigente dorme, dorme,
Tranquilidade ingênua,
Falso sono reparador,
Posição fetal é resgate...

Carros de índia-gente e:
Pronto! Um problema social a menos!...

7 comentários:

  1. Muito forte! Do jeito que eu gosto. Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. O descaso que transforma essas pessoas em "carne invisivel" infelizmente sempre foi uma marca do ser humano. As pessoas preferem não ver, não pensar sobre o assunto, pra não ter que encarar o fato de que a solução também depende de cada uma delas.

    ResponderExcluir
  3. Um poema que é um grito! Espero seja escutado...


    Beijos,
    AL

    ResponderExcluir
  4. Aprecio muito o seu jogo inteligente de palavras.
    Aqui, resultou num poema forte, que convida à reflexão.

    Maravilha, Nadine!

    Bjs e inté!

    ResponderExcluir

... Falta a sua pitada!...