domingo, 9 de julho de 2017

Ele parou o carro ao lado do monstro...

E encontrando monstro horrendo,
fostes logo perguntando:
- O que há de matar primeiro,
a saudade ou seu assombro exitando?
Criatura tenebrosa, mal sussurra a resposta:
"Saudade não mata, apenas aparta a briga,
razão e sentimento. Faço, então, uma proposta,
o que teu peito abriga? Sobrevive se decifras..."
Não sabias o que responder, nem ser
o que deveria ser o que em si carregava.
Negavas e queria ao desumano maldizer,
adiava o inevitável que aos seus olhos fumegava...
Assobiava canção repleta de dignidade,
o monstro o encarou de alto a baixo
decidiu largá-lo a sua própria sorte,
já que a saudade era seu pior fracasso.

12 comentários:

  1. Mais um domingo se vivendo,
    porquanto, mais eu gosto agora
    desse seu poema que estou lendo
    quando a saudade se for embora
    de saudade estarei morrendo?

    Tenha um bom dia de domingo, cara amiga poetisa Nadime, um beijo,
    Eduardo.

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  2. Oi, Edu!
    Hahaha, genial!
    Muito obrigada!

    Beijos!
    Tenha um ótimo domingo! =)

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  3. Há certas saudades que ficam para todo o sempre.
    Outras permanecem por algum tempo para outras saudades surgirem. Eis o ciclo da vida.
    Gostei muito do teu poema, Nadine.

    Uma ótima semana.
    Beijinhos estalados...

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  4. Oi, Aline!

    Obrigada!
    Sim, algumas saudades são perenes e até servem de motivação.

    Boa semana!
    Beijos! =)

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  5. Oi Nadine,
    Desculpa a hora.Não estava bem e fui dormir, agora que estou respondendo os comentários
    Poema muito inteligente
    adorei
    Beijos
    Lua Singular

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    1. Oi, Dorli!
      És bem vinda sempre que quiser, qualquer horário!
      Obrigada!

      Beijos! =)

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  6. Por falar em saudade..., quem não as possui. Um abração, cara Nadine. Tenhas uma linda semana.

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    1. Oi, Dilmar!

      Haha, já diria Vinicius de Moraes!
      Obrigada pela constante presença!

      Beijos! =)

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  7. Saudade. Aquilo que tivemos e perdemos. Aquilo que quisemos e não conseguimos...
    Uma boa semana.
    Beijos.

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  8. Acredita que tinha um amigo que adorava sentir saudades?
    Era taradão por saudades e trabalhou durante 23 anos no Cemitério São João Batista aqui no RJ.
    Ou seja , trabalhou a vida inteira vendo e vivenciando a saudade de terceiros que sempre trazia para dentro do seu peito tão carentes dela.
    Fosse de quem fosse,inclusive das suas própria saudades.
    Pois é!!!
    Um abração carioca.

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    1. Oi, Paulo!

      Haha, acredito!
      Adorei ler seu comentário!... Uma crônica!

      Conheço pessoas viciadas em tantas situações "atípicas"!... Qualquer hora tomaremos um café na blogosfera para comentar, haha...

      Beijos! =)

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... Falta a sua pitada!...