quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Sobre algumas cartas...



Sempre escutei/li poemas de Fernando Pessoa (Álvaro de Campos), prendendo-me aos versos: "Todas as cartas de amor são ridículas"... Bom, não consigo parar de pensar nos múltiplos significados depreendidos...

Depois, pós-muitascoisas-chaticesdiárias, fiquei relendo algumas cartas... Puxa! Engraçado como soam vazias depois de um tempo... soam ridículas, promessas que se desfizeram na primeira crise!... O poema soa uma profecia que se perpetua...
E mais engraçado ainda deve ser a compreensão da relevância delas por parte da geração e-mail, WhatsApp, Facebook... (Sim, ainda as escrevo...)

Sou uma ridícula nata, tenho talento para tal, inclusive valorizo as cartas ridículas alheias... Poderia, talvez, inscrever-me em uma nova vaga de emprego: crítica de cartas de amor... Certamente aprovaria todas!... Cada sentimento é único, marcado por um presente que perdura em letras, mas não necessariamente em sentires... É preciso respeito...

Citações de poetas, músicas, filmes, vale tudo na hora de escrever cartas de amor... Mas o ideal seria lê-las e jogá-las ao vento... Afinal, letras imortalizam-se e ações nem sempre condizem com escritas... Quantas vezes prometemos algo e não cumprimos? E, pior, quantas vezes escrevemos algo e não cumprimos? Isso é uma faca cortante que algum equilibrista-destinatário irá atravessar...

6 comentários:

  1. OI OI OI

    se prometer apenas falando já é deveras complicado, imagina imortalizar uma promessa no papel? é decepção na certa.
    Acho que eu também queria o emprego de críticas de cartas de amor. Todas possuiram algum sentimento real em algum tempo da história, uma pena que o conteúdo delas é mutável e depois de um tempo passam apenas a ser objetos de apreciação...

    beijo
    beinghellz.com

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    1. Oi, oi, oi, Hellz.!
      Sim, a mais pura verdade é que em algum momento pode ter sido verdade ;-)

      Beijos =)

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  2. Mas Pessoa também disse que quem não escreve cartas de amor ridículas é que é ridículo...
    Uma boa semana.
    Beijos.

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  3. Nadine,
    Permita-me sair um pouco do que nos propõe, e salientar dois momentos, únicos, de exaltação proporcionados pelas cartas de amor: a sentida no momento, por quem a escreve, e a sentida, no momento, por quem a lê.
    Sabe?, gosto de cartas de amor, gosto de coisas ridículas. :)

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    1. Oi, AC!
      Também gosto, também escrevo e também as guardo, rs... O problema é a mágoa... Não as releio porque seria tortura, no momento em que foram escritas e recebidas foi uma felicidade sem tamanho!...

      Abraços =)

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... Falta a sua pitada!...