(foto por Flaviele Leite. In: http://www.flickr.com/photos/flaviele-apl)
O menino veleja na cama,
Ondas dos cabelos guiam,
Arma lençóis como marinheiro ama-mar,
Indaga tubarões temporais;
Vendavais dos pesadelos...
Naufraga de cansaço!...
Mamãe é sereia a embalar o mais doce dos sonos!...
Ondas dos cabelos guiam,
Arma lençóis como marinheiro ama-mar,
Indaga tubarões temporais;
Vendavais dos pesadelos...
Naufraga de cansaço!...
Mamãe é sereia a embalar o mais doce dos sonos!...
MAR À VISTA
Eu não sei,
que será de mim!
Eu não sei
e nada me importa saber
eu só sei,
que havia um mar à vista ali
você passou assim por mim
e eu me perdi.
(Djavan)
O menino dorme.
Para que o menino
Durma sossegado,
Sentada ao seu lado
A mãezinha canta:
— "Dodói, vai-te embora!
"Deixa o meu filhinho,
"Dorme . . . dorme . . . meu . . ."
Morta de fadiga,
Ela adormeceu.
Então, no ombro dela,
Um vulto de santa,
Na mesma cantiga,
Na mesma voz dela,
Se debruça e canta:
— "Dorme, meu amor.
"Dorme, meu benzinho . . . "
E o menino dorme.
(Manuel Bandeira)
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... Falta a sua pitada!...