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Nunca uma dor despertou tanta beleza,
Favorecendo ousadias, algum agouro
Que leva poeiras e traz ouro,
E que pertence a minha natureza.
Quem ontem grita, hoje fraqueja
Em peito quente d’um touro,
Que leva certezas e traz choro,
E que mantém a chama acesa.
Por que amor assim tanto me guia?
Ó luz de dias contados e findos!
Ditoso é quem faz do escuro teu dia!
Na madrugada escuta-se algum rugido,
E meus olhos de tigre em covardia
Olham o teto a ler versos restritos.