terça-feira, 16 de maio de 2017

Ele e a máquina de escrever

(Imagem retirada do acervo: Getty Images)


São poucas teclas,
Não, poucas sílabas...
Há um medo intermitente,
Há uma febre que oscila...

Em seus dedos há um peso,
Sobretudo, anula...
Não há como apagar tudo,
A máquina desdenha...

O que tecla é leve,
Mas as teclas pesam...
Sente dores, palpitações,
Tictic, tictic, tictic, plim...

Lido: se futuro presente,
Enquanto martela, flutua...
O papel acaba, sílabas também,
Precisa de ar, sai sem a máquina...

O cilindro gira, nova folha,
A ausência não impede...
Alavanca de entrelinha,
Folha voa, ganha vida...




20 comentários:

  1. Muito linda a poesia! Bela inspiração! bjs, chica

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  2. Com o, tictic, plim...
    continua a escrever
    enquanto no jardim,
    uma flor eu fui colher.

    Sábias palavras aplica,
    com muita dedicação
    em cada palavra escrita
    sentida no seu coração.

    Surgida na imaginação,
    no papel colocada
    com versos de paixão
    numa carta enviada.

    Cujo o destinatário,
    a aguarda com ansiedade
    seguindo por um atalho
    ao encontro da felicidade!

    Tenha uma boa tarde cara amiga poetisa Nadine, um beijo,
    Eduardo.

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    1. Oi, Edu!
      Lindo, lindo!...
      As cartas não entregues também não são lidas, mas há amor nas linhas - isso vale mais que o selo!

      Beijos! =)

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  3. Um objeto que muito nos ajudou a escrever em tempos idos. Gostei de sua poesia.
    Um abraço.
    Élys.

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    1. Oi, Élys!

      Muito obrigada!
      Sim, a máquina de escrever é algo tão representativo!
      Beijos!=)

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  4. Oi Nadine como vai?

    Adoro seus poemas, confesso que ler esse me deixou sem ar...gostei muito!

    Beijos, Bá.
    http://cafecomlivrosblog.blogspot.com.br

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    1. Oi, Bá!
      Tudo bem E você?

      Muito obrigada! Grata!
      Beijos! =)

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  5. Pois aqui na empresa, onde trabalho, ainda usamos máquina, mas, elétrica, como elemento auxiliar na confecção dos crachás dos funcionários, faz a tarefa inicial de pôr nomes e dados do empregado no cartão que se transformará em crachá. Pois outro dia, a dita cuja parou de funcionar, então, foi difícil achar um conserto. Encontramos o Sr. Ebanez Flores, ali na rua Espirito Santo (Bairro Centro), acho que o único que ainda que faz reparos em máquina de escrever, aqui em Porto Alegre.
    Sobre o poema, eis uma homenagem interessante a esta ferramenta insubstituível, antes do advento do computador.
    Um abração. Tenhas um lindo dia. Aliás, neste momento, o dia está lindo aqui:fresquinho e o sol brilhando.

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    1. Oi, Dilmar!
      É tão bom poder ler mais suas histórias...
      Meu sonho (ainda) é ter uma relíquia dessas!

      Beijos! =)
      Aqui está nublado, a temperatura caiu... O cinza me deixa mais pensativa que o normal...

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  6. Oi Nadine,
    Quando trabalhava no setor de água da P.M. de Santo André usava esse tipo de máquina e a máquina de calcular só confiava aquela de papel. Usei uma máquina enorme que fazia as contas, ela quebrou um pouco e a conta pulava para o alto e eu gostava de pegá-la no ar. Fiquei triste quando ela foi para o conserto.
    Eu tenho uma máquina dessa, mas da cor preta.
    Beijos
    Lua Singular

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    1. Oi, Dorli!
      Ah, lembro dessa máquina de calcular!
      Pois guarde sua máquina de escrever... Eu adoraria ter alguma, haha!
      Beijo grande! =)

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  7. Já quase havia esquecido o tempo e as muitas horas de Relatórios continuados diariamente...
    Uma bela poesia a fazer retroceder o tempo e a reviver essas lembranças.
    Parabéns, Nadine.


    Beijo
    SOL

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    1. Oi, SOL!
      Fico feliz que tenha contribuído para ativar lembranças!...
      Muito obrigada!

      Beijos! =)

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  8. Oi Nadine
    Bom fim de semana para você
    Descanse muito
    Beijos
    Lua Singular

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    1. Oi, Lua!

      Obrigada, minha amiga!

      Tenha um lindo fim de semana!
      Beijos! =)

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  9. Que poema lindo, adorei!
    Em casa dos meus pais ainda está uma máquina parecida com a da foto.
    Bom fim de semana
    Beijinhos
    Maria

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    1. Oi, Maria!
      Ah, vocês ostentam máquinas que eu quero! Haha...

      Bom fim de semana!
      Beijos! =)

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  10. No fundo, no fundo, para lá da máquina, e para quem quiser olhar e agir, a vida é um completo ofertório de oportunidades. Não queiramos - condição essencial - é convertê-lo à nossa imagem e semelhança.

    Um beijinho, Nadine :)

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