domingo, 20 de janeiro de 2019

Problemas no blog...

* Estou com problemas no blog há algum tempo, abrem anúncios...
Acreditem, tirar o pó e ler aos amigos são funções que mantenho.

Até breve!

Abraços,
Nadine.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Soneto Unigato

(Foto retirada do Adobe Stock)


 
Retirar em si mesmo a inspiração,
Tua verdade, o poder de ler mentes!
- E ser, depois d’algum miado, canção,
Notas guiadas que são clarividentes!...

E da yoga, que venha a meditação,
Enquanto ensina e escuta aos clientes,
Ronrona nas pausas, desenha a ação
- Mediará a própria vida complacente.

Então fico pensativa: ele existe?
Sei que com ele não há ser triste
Qualquer que pereça d’algum tédio.

Risadas e livros brotam d’ alma,
E o felino mágico nos acalma
- Deve ser esse o teu mais doce remédio?

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Já não há olhos...

(Imagem retirada do site: https://www.fatosdesconhecidos.com.br)



O homem que já não a lia mais,
Alia-se ao cântico esquecido,
Sua voz já não ecoava,
Canções eram sussurros no estrangeiro...
Quanto mais sumia, mas eram apagadas,
E as lembranças que não ocorreram
Seguiam-na em tantas andanças,
Surgiam nas pegadas do hipotálamo...
Ah! Amor ao anil apagou-se,
Derradeiro sentimento assassino,
Ora a matava de fome,
Ora a trazia ao limbo...
Ficaste senil ou foste aquilo que (a) partiu!


quarta-feira, 4 de abril de 2018

Eu tigre, ele touro

Imagem retirada de: Depositphotos





Nunca uma dor despertou tanta beleza,
Favorecendo ousadias, algum agouro
Que leva poeiras e traz ouro,
E que pertence a minha natureza.

Quem ontem grita, hoje fraqueja
Em peito quente d’um touro,
Que leva certezas e traz choro,
E que mantém a chama acesa.

Por que amor assim tanto me guia?
Ó luz de dias contados e findos!
Ditoso é quem faz do escuro teu dia!

Na madrugada escuta-se algum rugido,
E meus olhos de tigre em covardia
Olham o teto a ler versos restritos.


sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

As quatro danças

Dança 1

Eu, que mal dançava sozinha,
Aprendia que a espera
Taria outros braços.
Foram dois - e seus pares.
O primeiro mentiu,
Inspirou-se,
Foi-se.
O segundo a ouviu,
Inspirou-se,
Foi-se.
Reflexos platônicos,
Mentiras azuis que sugaram
As histórias que precisavam
Para a criação de novos passos.
Depois do livro pronto,
Derrubaram-me do palco.

Dança 2

Em outro ritmo,
Ela perdeu o ato,
Ele perdeu o átrio,
Quando viu seu ânimo.

Entre vergonhas,
Entre planos,
Nenhuma fronha
Escondia os danos.

Ele gritou e culpou,
Eu decidi esperar,
Flor sem pétalas - grito
Já não mais quero dançar.

Dança 3

Novos passos - e muitos
Suor na medida - e quentes
Passos claros - e noite escura
Muito quentes, escura noite...

O par dorme - e some
Não tem hora - e ruma
Chega o carro - e parte
Some, ruma e a parte.

Dança 4

Pareciam em sintonia...
Dançavam sob olhares,
Sobre o cheiro da comida
Que era um alimentar da alma.

O outro não mais (a)parecia...
Dançava em outro estado,
Pós apocalipse no peito,
Já almejava outra canção.

Eu queria retornar...
O cheiro dele era paz,
Eu era guerra, era quebra,
Era a verdade que ninguém queria.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

FECHADO PARA BALANÇO

Sabe quando você fica gripado, depois tropeça na rua e quebra o pé, até que percebe que não vestiu a camiseta do lado certo e esqueceu o dinheiro do ônibus?
Não, não aconteceram exatamente esses fatos, mas estou em uma avalanche e preciso aguardar que o gelo derreta!

Enquanto isso, irei visitar aos amigos que admiro e não tenho conseguido ler.

Agradeço a companhia de sempre!

Beijos! =)

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Meia jarra

Foto retirada do acervo do Depositphotos

A jarra encheu vagarosamente,
Respingos inevitáveis na roupa,
Desejos que saltam da bocarra,
Choramingo a sua frente...
Não, não beba desse modo,
Não ouça o tilintar do copo,
Não deixa secar sua marra,
Não tente forçar a barra...
A jarra já está sem coragem,
Despede-se da vida cheia,
Gelo é apenas miragem,
Aquece-se e desnorteia...
Meio é um meio certo,
Assim como o talvez tem vez,
Na hora do conserto
Da alça já em sua viuvez...

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Coffee Break XXI

Mais um gole de café.
Pode ser que nem dê pé,
Já duvido até da catástrofe
Ao cantar em dó, mi e ré...
Bebida epígrafe,
Zona limítrofe:
Entre a acidez e a euforia da estrofe...
(Pausa finalizada)

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Da cigana em meus dias

O coração encanta,
em mantra ao sol,
somos sós,
somos sóis...
Sem saber a ordem,
no palpite não dito,
a desordem dos dias
fica a critério...
Pitadas de arco-íris,
luzes que sacodem,
arde o que já abrasa,
íris que oscila
olhar a vida remota...
Flor lilás que purifica,
a insensatez das horas,
a solidez da queda,
o andar cansado,
a música que não toca...
Lições das dúvidas,
energias da derrota,
cantos dos pássaros
- nota ao perdão...
Pelo deserto,
ser chuva,
ser o oculto a luzir,
o símbolo a significar,
fortaleza (ser)...
Fitas coloridas,
maçãs e cravos
desenham a pele,
segura a lua crescente...
E o coração canta
uma oração ao som do flamenco...


Para escutar:




domingo, 6 de agosto de 2017

Coffee Break XX

Ah, sem café hoje,
vamos de chimarrão,
cuia,
erva,
aroma... tua fúria,
minha vinda...

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Perguntas e respostas, ou sobre a dialética da teima

Perguntou se havia amor nas asas,
Sorrindo torto e com olhar reto.
Respondi com olhar torto e sorriso reto
Que as asas estavam em meu amor.

Alcancei algumas estrelas d'um céu,
Sem endereço, sem retorno.
Enquanto ficou na rua de pedras,
Com nomes, com duas vias.

Gritou por mim em seu infinito,
Respondi que não voltava ao fim.
Chorei por decolar sem ar,
Riu por ficar e respirar.

Para escutar:


terça-feira, 25 de julho de 2017

Deu bandeira...

Paraty/RJ - meu clique (2017)
Apresentou o impossível:
Seus olhos disseram,
Dissecaram a derme,
Qualquer coisa, qualquer fato - era mais um retrato!...

O dinheiro apareceu,
A pobreza destacada -
Era sopa de pedras preciosas,
Qualquer pedra, qualquer perda - era mais um retrato!...

Bandeiras presas no fio voaram,
As cores presas ao peso,
Do fio, do arame, no poste,
Qualquer cola, qualquer fita - era um retrato que não colava!...